Guadalupe Pointe des Chateaux, Grande-Terre, França
A Batalha de Crécy, iluminura do manuscrito Crônicas, séc. XIV, por Jean de Froissart (Biblioteca Nacional, Paris, França)
A Batalha de Eylau, obra do pintor Antoine-Jean Gros (Museu do Louvre, Paris, França), teve lugar em 1807 perto de Preussisch Eylau, na Prússia, entre as tropas de Napoleão e as prussianas e russas sob o comando de Bennigsen, que se viu obrigado a bater em retirada.
A Comuna de Paris estava formada por moderados e revolucionários de diversas tendências, entre eles os jacobinos, os operários internacionalistas, etc., partidários de formar uma federação de comunas da França e por isso chamados de federados. Incêndios e barricadas na rua Rivoli, em Paris, em 1871 (Museu Carnavalet, Paris, França).
A França na segunda metade do séc.XIV.
A Tomada da Bastilha, no dia 14 de julho de 1789, por Claude Cholat (Museu Carnavalet, Paris, França)
A utilização de energias renováveis é a grande esperança para a manutenção do equilíbrio entre consumo energético e conservação do meio ambiente. O forno solar de Odeillo (França) pode obter um fluxo de energia da ordem de 1.000 W/cm2, o que lhe permite alcançar temperaturas de até 3.800 C.
Albert Camus
Albert Camus
Alexandre Dumas (pai), séc. XIX, por François Bellay (Museu do Palácio de Versailles, França)
As guerras de religião na França (1562-1598). O avanço do calvinismo na França deveu-se à crise econômica de finais do séc. XVI, ao mal-estar da nobreza perante o excessivo poder da monarquia e às rivalidades existentes entre as grandes famílias.
Bandeira oficial de França
Bourges Catedral de Saint-Étienne
Caen
Charles Aznavour
Charles de Gaulle
Claude Achille Debussy. Clair de lune
Claude Achille Debussy. La mer
Clodoveu I As grandes crônicas do rei da França, ca. 1514 (Biblioteca das Artes Decorativas, Paris, França)
Crânio do homem de Neandertal procedente de La Chapelle-aux-Saints
Denis Diderot, 1767, por Louis Michel Van Loo (Museu do Louvre, Paris, França)
Edith Piaf
Egito Batalha das Pirâmides, em julho de 1798 entre o exército napoleônico e os mamelucos, séc. XVIII, por Louis François Lejeune (Palácio de Versailles, França)
Expansão da colonização francesa do Sudeste Asiático. Criada pelo governo francês em 1887, a União Indochina era formada por uma colônia, a Cochinchina, e quatro protetorados: Annam, Tonkin, Camboja e Laos.
França Carlos II o Calvo recebe um exemplar da Bíblia das mãos de um abade, miniatura do séc. IX (Biblioteca Nacional, Paris, França)
França Detalhe de A Coroação de Napoleão, por Jacques Louis David (Museu do Louvre, Paris, França)
França Exterior do Centro Nacional de Arte e de Cultura Georges Pompidou, Paris
França Mapa econômico
França O Monte Branco
França Roman de la Rose de Guillaume de Lorris (Biblioteca Nacional, Paris, França)
François Mitterrand
Gália Teatro romano de Orange, séc. I a.C.
Georges Bizet. Carmen
Gérard Depardieu no papel principal do filme Cyrano de Bergerac (1990), de Jean-Paul Rappeneau. A obra do dramaturgo francês Edmond Rostand, Cyrano de Bergerac (1897), é uma importante fonte de inspiração para alguns cineastas.
Henri-Émile Matisse
Hino oficial de França
Império Carolíngio
Império Napoleônico. Mapa da expansão da França, sob o domínio de Napoleão I Bonaparte, que mostra os países subjugados, as datas de conquista e as suas derrotas.
Invasão da França, 1940
Jacques Chirac
Jean-Paul Sartre
João Sem-Medo (Palácio de Versalhes, Paris, França)
Marselha Porto Velho
Medalha comemorativa inglesa, cunhada por ocasião da morte de Napoleão (Fundação Spadolini, Florença, Itália).
Molière, ca. 1658, por Pierre Mignard (Museu Condé, Chantilly, França)
Montagne de Saint Victoire (1904-1906), de Paul Cézanne (coleção particular). Sem fugir das referências à realidade, o artista reduziu as formas a figuras geométricas, sendo por isso considerado o precursor da pintura cubista.
Nancy Praça da Carrière
Napoleão I Bonaparte no Trono Imperial, retrato do pintor Jean-Auguste-Dominique Ingres (Museu do Exército, Palácio dos Inválidos, Paris, França).
O pontilhismo, técnica pictórica cultivada por Georges Seurat, autor de Um Domingo de Verão na Ilha da Grande Jatte (Instituto de Arte, Chicago, EUA), influenciou de maneira decisiva o ideário e estilo dos artistas fauves e cubistas.
O pós-estruturalismo fez fracassar a ideia de que era possível estabelecer totalidades epistemológicas. Com o desconstruçcionismo, Jacques Derrida propôs uma nova forma de analisar os textos filosóficos da cultura ocidental.
O reflexo da vida moderna foi um dos temas preferidos dos artistas impressionistas. Pierre-Auguste Renoir imortalizou uma cena característica do bairro parisiense de Montmartre em Le Moulin de la Galette, 1876 (Museu de Orsay, Paris, França).
Os fenômenos meteorológicos extremos provocam situações de catástrofe que, em muitas ocasiões, são consequência indireta da ocupação desordenada do território. Inundação na região francesa de Mâcon em março de 2001.
Parque tecnológico de La Villette de Paris, por Rem Koolhaas
Paul Gauguin Autorretrato à Golgota, 1898 (Museu de Arte, São Paulo, Brasil)
Philippe Pétain
Possessões europeias na América. As principais potências da América colonial foram: Espanha, Portugal, Inglaterra, França e as Províncias Unidas (Holanda).
Revolução Francesa
Santa Joana d'Arc na coroação de Carlos VII, 1854, por Jean Auguste Dominique Ingres (Museu do Louvre, Paris)
Simone de Beauvoir
Sonetos para Helena. Pierre de Ronsard
Torre Eiffel
Valéry Giscard d'Estaing
Victor Hugo, por Léon Bonnat, detalhe (Casa de Victor Hugo, Paris, França)
Vista do castelo e da cidade de Dieppe
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França République Française Estado da Europa ocidental. Limitado ao NE pela Bélgica, Luxemburgo e Alemanha; ao SE pela Alemanha, Suíça e Itália; ao S, pela Espanha e Andorra. Ao N é banhado pelo mar do Norte, ao L pelo Mediterrâneo e ao O pelo oceano Atlântico. O canal da Mancha separa-o da Inglaterra. Com uma superfície de 543.965 km² e uma população de 63.409.191 habitantes, divide-se em 95 departamentos, agrupados em 22 regiões, sendo uma (Córsega) autônoma. A estes territórios continentais juntam-se 4 departamentos de ultramar, 4 territórios de ultramar e os territórios com estatuto particular. Capital: Paris. Língua oficial: francês. A religião mais difundida écatólica.
Geografia• Meio físico• Geomorfologia e hidrografia O território francês caracteriza-se, morfologicamente, por uma diferença acentuada entre as diversas regiões. Ao N, estende-se a área produtiva de carvão, limitada pelo relevo, pouco acidentado, das Ardenas. A bacia de Paris possui um apêndice oriental, na região da Lorena, entre as Ardenas e os Vosges, com elevações de perfil arredondado (ballons) que limitam a planície da Alsácia. Ao S dos Vosges, tem início a meseta do Jura, que é sulcada por vales profundamente encaixados. Ao SE, estende-se o vale do Ródano, ao S, entre o maciço Central e os extremos alpinos. O setor francês dos Alpes culmina em diversos maciços graníticos, entre os quais o Monte Branco na Savoia, e desce para o S, até dar origem à recortada Côte d'Azur. O maciço Central, com numerosos cones vulcânicos (puys), prolonga-se para o SE pela cadeia das Cevenas até a planície do Languedoc, que chega até o mar formando uma costa baixa com numerosas lagunas, e desce para o O, para a bacia da Aquitânia, limitada ao S pelos Pireneus, uma cadeia apenas facilmente franqueável pelos seus extremos. A planície da Aquitânia está ligada às planícies costeiras atlânticas e estas às que se estendem nos extremos do maciço Armoricano, na Bretanha e na península de Contentin. A Normandia é o ponto de união entre as bacias do Sena e do Loire. As principais bacias fluviais são as do Sena, do Loire e do Garone (na vertente atlântica) e a do Ródano (na vertente mediterrânea). As bacias encontram-se separadas por linhas divisórias de águas pouco marcadas, fato que permite a conexão artificial entre o Loire e o Sena; este último, por sua vez, está ligado com as redes do Mosa e do Reno, o que acontece também com o Sâone. A rede de canais navegáveis tem um comprimento aproximado de 5.700 km.• Clima e vegetação A maior parte da França tem um clima atlântico, que, nas zonas do interior, apresenta características do clima sub-atlântico, mais continental e menos úmido. Ao S do maciço Central e na vertente S dos Alpes, predomina um clima mediterrâneo. Na região dos Alpes e dos Pireneus, o clima, muito mais rigoroso, apresenta características do clima alpino. Na região de clima atlântico e sub-atlântico, a precipitação média anual é de 1.000 mm. Esta ultrapassa os 2.000 mm, nas vertentes montanhosas, expostas aos ventos úmidos de NO. Na área mediterrânea, a precipitação anual apenas ultrapassa 500 mm. As temperaturas registram diferenças acentuadas entre as regiões litorais atlânticas e as interiores. Abundam as florestas caducifólias, com espécies típicas da região atlântica europeia. Nas regiões mais frias do Jura e dos Alpes, aparecem as florestas coníferas. No Midi, a paisagem vegetal é mais pobre, com espécies típicas da área mediterrânea.• População e povoamentoA densidade média é de 112 hab./km2. No entanto, a distribuição populacional é muito desigual, em função de fatores como a evolução urbana e o desenvolvimento da atividade industrial. A densidade é baixa nos Pireneus, Auvergne, Limousin e Dordogne e elevada nas regiões mais industrializadas como Nord, o vale médio do Ródano em redor de Lyon, Alsácia, a faixa litoral da Normandia e a parte costeira mediterrânea. A região de Île-de-France, por influência de Paris, registra a densidade mais elevada (912 hab./km2). Entre o Ródano e os Alpes, situam-se as cidades importantes como Lyon, centro financeiro, industrial e de comunicações; Grenoble, centro coordenador da região alpina; Marselha, principal porto do Mediterrâneo; e Nice. Na bacia da Aquitânia, a principal cidade é Toulouse. Na costa atlântica, Nantes é o principal centro urbano e, no eixo do Reno, destaca-se Estrasburgo, sede do Parlamento Europeu.• Estrutura econômicaA França é um dos países mais desenvolvidos do mundo, com uma renda per capita elevada e uma taxa de crescimento superior à de muitos países da União Europeia. É de destacar o setor de serviços (especialmente o denominado terciário superior), representado pelos setores de pesquisa e de desenvolvimento financeiro. É, depois dos EUA, Reino Unido e Países Baixos, o país ocidental com maior poder de captação de investimento estrangeiro. O turismo é outro dos setores econômicos mais desenvolvidos.• Agricultura, pecuária e pesca Com uma rica agricultura, em muitas produções situa-se à frente no mundo. Cerca de um quarto do território está cultivado com cereais, principalmente, trigo, milho e cevada. A uva está na base de uma rica e prestigiada indústria vinícola e de licores, que faz da França o segundo produtor mundial, com famosas denominações de origem. A pecuária conta com um número considerável de cabeças de gado, especialmente bovino, para a criação de carne, leite, manteiga e queijo. Da exploração das florestas, que ocupam a quarta parte do território, advém a madeira destinada à construção e à indústria de papel. A pesca é uma atividade tradicional, com numerosos portos de pesca ao longo da costa atlântica e do canal da Mancha.• Exploração mineira e indústria Os principais centros de extração de carvão e ferro localizam-se na bacia de Lorena. Outros minerais cuja produção é considerável são a bauxita e o urânio. A energia elétrica tem, principalmente, fonte nuclear. No setor siderúrgico, destaca-se a produção do aço. O setor metalúrgico é representado pela metalurgia do alumínio, cobre, chumbo e zinco. As refinarias de petróleo localizam-se na região do baixo Sena, na foz do Ródano e do Gironda. O país conta com uma extensa rede de oleodutos. Indústria mecânica e eletromecânica (meios de transporte, maquinaria e motores), têxtil e química (setores muito dinâmicos da economia francesa). A França é o quarto produtor mundial de automóveis e terceiro de pneus. A indústria aeronáutica dispõe de uma tecnologia muito avançada.• Infraestruturas de comunicação e balança comercial A rede de estradas é uma das mais densas do mundo, com mais de 980.000 km de comprimento. A rede ferroviária (32.515 km) apresenta um traçado radial cujo centro é Paris. O TGV, com velocidade igual ou superior a 270 km/h, tem uma rede própria de mais de 1.200 km. Em 1994, foi inaugurado o
túnel ferroviário sob o canal da Mancha entre Calais e Folkestone. No que diz respeito ao tráfego aéreo, Paris é uma das principais escalas da Europa. Outros aeroportos: Marselha, Nice, Lyon e Bordéus. No tráfego marítimo, os portos mais movimentados são os de Marselha, Le Havre, Dunquerque e Bordéus. História• Pré-HistóriaO Paleolítico Inferior caracteriza-se pelas indústrias abbevilense e acheulense (de há cerca de 300.000 anos). Numerosos e importantes são os vestígios pertencentes ao Paleolítico Médio (de há cerca de 90.000 e 30.000 anos), ao qual se associa o homem de Neandertal. Entre as estações pré-históricas deste período, destacam-se as que pertencem ao período mustierense. Nas últimas fases da época Glacial, houve uma grande difusão de culturas do Paleolítico Superior (entre 30.000 e 9.000 anos atrás), promovida pelo Homo sapiens sapiens, tais como a aurinhacense, gravetense, solutrense ou a magdalenense . Esta etapa também se caracteriza por uma vigorosa atividade artística, especialmente no que se refere à pintura e às gravuras rupestres (Lascaux, Trois frères, etc.) e à arte mobiliária (vênus e outras peças artísticas). Durante o Mesolítico (entre os milênios X e VI a.C.), apareceram numerosos pontos de fixação de povos dedicados à pesca e à caça, e difundiram-se novos períodos culturais como o azilense. As principais correntes culturais neolíticas apareceram a partir do VII milênio a.C., de tipo mediterrâneo ao sul e danubiano ao norte. Entre o V e o III milênio a.C., floresceu a civilização megalítica, cujo expoente máximo se encontra em Carnac, e iniciou-se a Idade do Cobre. Em meados do II milênio a.C., desenvolveu-se a cultura do bronze e, por volta do ano 1000 a.C., começou a Idade do Ferro, durante a qual os celtas ocuparam o território.• Da criação da Gália ao Reino FrancoA França atual ocupa parte do território da Gália, uma extensa região compreendida entre os Pireneus e o Reno, povoada por celtas gauleses, na qual se desenvolveu a cultura de Hallstatt e de La Tène, durante o I milênio a.C. A partir do séc. VI a.C., no litoral mediterrâneo, os gregos fundaram várias colônias, entre as quais Massalia (a atual Marselha). No final do séc. II a.C., os romanos iniciaram a ocupação da Gália pelo S e criaram a primeira província transalpina, a Provintia Romana (atual Provença). A conquista do território gaulês foi completada por Júlio César, em meados do séc. I a.C. A partir do séc. III d.C., deu-se a invasão de vários povos germânicos provenientes da parte E do Reno e, a partir do final do séc. IV, estes invadiram significativamente a maior parte do território, provocando a queda do Império Romano do Ocidente. Entre eles, destacaram-se os suevos, os vândalos, os alanos, os burgúndios e os visigodos, que se instalaram na parte meridional da Gália e que foram progressivamente empurrados para o S pelos francos. Estes adotaram o catolicismo no final do séc. V. Depois da nomeação do seu chefe Clodoveu (496), conseguiram dominar uma grande parte da antiga Gália e fixaram a capital em Paris. Entre os sécs. VI e VIII, o reino franco sofreu várias fragmentações, como a que levou à criação dos reinos de Austrásia e Nêustria, no N, e de Provença, Borgonha e Aquitânia, no S, sendo a autoridade do rei franco mais nominal do que real.• A dinastia carolíngiaNo início do séc. VIII, o rei franco Carlos Martel deu nome à dinastia carolíngia e parou o avanço dos árabes que já dominavam a Península Ibérica, em Poitiers (732). O seu filho Pepino o Breve, foi proclamado rei pela Assembleia dos Pares. Dois anos mais tarde, interveio na Itália em apoio do papa Estêvão II, derrotando os lombardos e assegurando ao papado as províncias bizantinas da Itália central e a autoridade sobre Roma. O filho de Pepino, Carlos Magno, conquistou o Reino lombardo e entrou em Roma (774), recebido pelo papa Adriano I. Combateu os saxões e outros povos germânicos, e foi coroado imperador (800). O Império Carolíngio significou um projeto efêmero de unificação da Europa ocidental cristã através de uma renovação cultural e de uma estrutura jurídico-administrativa que estabeleceu as bases do feudalismo. A unidade do Império não sobreviveu ao seu filho Ludovico Pio (Luís I o Piedoso), cujos filhos, Carlos II o Calvoe Luís II o Germânico, se aliaram, como consta no Juramento de Estrasburgo (primeiro texto escrito em língua protofrancesa) contra o filho mais velho, Lotário, para impor a tripartição do Império, aprovada pelo Tratado de Verdun (843). Carlos recebeu
um vasto território que constituiu o reino da França, do qual foi primeiro rei. Durante os sécs. IX e X, o reino foi atacado repetidamente pelos normandos, que finalmente se fixaram na região a que deram nome a Normandia.
Arte• Pré-História e época AntigaAs bacias do Dordogne e do Garona (ao S do Loire) contam com importantes exemplos da arte paleolítica, como as vênus aurinhacenses (Vênus de marfim de Lespugue) e a arte parietal (grutas de Font-de-Gaume, Tuc-d'Audoubert, Lascaux, etc.). A cultura proto-histórica de Chassey apresenta uma cerâmica com decoração raspada. Da Idade do Bronze, foram encontrados alguns conjuntos de túmulos com gravuras. Também existem campos de furnas do II e I milênio a.C. A presença de numerosos vasos áticos é significativa da penetração cultural que se exerceu a partir da colônia grega de Massalia (Marselha). Da ocupação celta, foram descobertas fortificações (oppidum) e esculturas (Deus de Bournay, cabeças cortadas, etc.). Com a conquista romana, surgem as manifestações da arte romana na Gália (aqueduto da Pont du Gard e ruínas das cidades de Arles, Orange, Lyon, Nimes).• Época MedievalA primeira arte que pode considerar-se realmente francesa desenvolveu-se na Alta Idade Média durante a dinastia merovíngia. A produção de iluminuras (sacramentário de Gellone) e também alguns edifícios religiosos (batistério de Saint-Jean, Poitiers) e peças de ourivesaria (tesouro do túmulo de Quilderico, Tournai) são exemplos representativos desta arte. Em meados do séc. VIII, surge o chamado renascimento carolíngio (sécs. VIII-IX), que se propôs recuperar a herança romana. Deste período destaca-se a igreja de Germigny-des-Prés e vários manuscritos com belas iluminuras. O românico (séc. XI) apresenta especificidades regionais. O mosteiro de Cluny (Borgonha) foi o modelo dos mosteiros beneditinos franceses e do resto da Europa, embora tivessem caráter particular às construções românicas da Normandia (Jumiéges), da Aquitânia (Saint-Front de Périgueux) ou da Provença (Saint-Gilles-de-Gard). Nas fachadas e nos claustros, desenvolveu-se uma escultura de qualidade excepcional em Moissac, Vézelay ou em Santa Fé de Conques. Desta época datam os campanários nomeados Patrimônio da Humanidade em 2005. A pintura mural foi também muito diversa (Saint-Hilaire de Poitiers, Saint-Savin-sur-Gartempe e Berzé-la-Ville). As primeiras manifestações do gótico surgiram na Île-de France (Saint-Denis). A progressiva maturidade do estilo (Sainte Chapelle, Catedral de Beauvais) desembocou no gótico flamejante do séc. XV, presente em Abbeville ou Louviers. A escultura teve também importância, como decoração nas fachadas das igrejas (Reims) ou de caráter funerário (túmulos reais de Saint-Denis). Na pintura, observam-se inicialmente duas tendências paralelas, uma de inspiração italiana de Siena (Avignon) e outra flamenga (Paris, Borgonha). No séc. XV, predominou o gótico internacional (J. Fouquet, Maestro de Moulins). De refinada qualidade técnica é a iluminura do período, com exemplos tão célebres como O Livro de Horas do Duque de Berry, dos irmãos Limbourg.• Do séc. XVI ao séc. XIXUma particular interpretação do maneirismo apareceu em tempos de Francisco I, tanto na arquitetura (Lescot, Ph. Delorme, Du Cerceau) como especialmente na pintura, com os artistas franceses da escola de Fontainebleau que trabalharam com os mestres italianos Rosso Fiorentino e Primaticcio. A arquitetura barroca seguiu uma linha classicista, refletida em edifícios monumentais da época de Luís XIV (Le Vau, Ch. Perrault, J. Hardouin-Mansart). Os pintores mais célebres da época identificaram-se, também, com o classicismo. Mais tarde, o rococó, através de cores belas e pinceladas ágeis, refletiu a cultura aristocrática do séc. XVIII (A. Watteau, F. Boucher, H. Fragonard). Como reação à superficialidade do rococó, apareceu uma nova sensibilidade, que se traduziu em uma arte solene e monumental que recuperava as essências, acompanhando as novas sensibilidades políticas que desembocaram na Revolução Francesa. Na pintura, destacam-se J.L. David e os seus seguidores (Gérard, Gros, Ingrès). Também na arquitetura encontramos novos ideais, com C.N. Ledoux ou E.L. Boullée. Surgiu o novo urbanismo, visível na reforma de Paris de G.E. Haussman (1853-1869). Em meados do séc. XIX, desenvolveu-se o neogótico (Viollet le-Duc), a que se seguiu o apreço por materiais novos. Davam-se, assim, os primeiros passos para a arquitetura contemporânea (G. Eiffel, A. Perret). Enquanto a escultura do séc. XIX se manteve dentro dos cânones acadêmicos, o panorama pictórico revelou-se muito mais dinâmico e interessante. Os pintores românticos (T. Gericault, E. Delacroix) e os paisagistas (J.B.C. Corot, a escola de Barbizon) recuperaram o gosto pela representação da cor e da luz. E. Manet manifestou os primeiros indícios da ruptura com a técnica tradicional, que acabaria por resultar na arte dos pintores jovens que, até 1860, se inseriram no impressionismo (C. Monet, A. Renoir, E. Degas). Como reação ao impressionismo e ao realismo, surgiu a tendência simbolista representada por Puvis de Chavannes e G. Moreau.• Época ContemporâneaO Pós-impressionismo de Cézanne, Gauguin ou G. Seurat abriu portas às vanguardas cujo centro mundial foi, ao longo da primeira metade do séc. XX, Paris. Aqui, surgiram tendências como o fauvismo (H. Matisse, A. Derain), o cubismo (G. Braque, Picasso, os escultores H. Laurens e A. Archipenko), o dadaísmo (M. Duchamp, F. Picabia) ou o surrealismo (A. Masson, Y. Tanguy). Grande parte dos artistas europeus e americanos da época fixou-se em Paris. Le Corbusier, artista máximo do funcionalismo na arquitetura contemporânea francesa, vai influenciar os grandes arquitetos internacionais que realizaram projetos na França, principalmente em Paris, tais como a sede da UNESCO de 1952 (Breuer, Zehrfuss, Nervi), La Villette de 1976 (A. Grumbach e F. Montes), o Centro Georges Pompidou de 1977 (Piano, Rogers) e os grandes projetos do final do séc. XX: a Cidade da Música de C. Portzamparc (1989), a Biblioteca Nacional de C. Perrault (1991), etc. Da diversificação de tendências da pós-modernidade resultam conceitos múltiplos de obra artística. C. Boltanski, G. Garouste, J.M. Alberola, R. Combas, F. Hybert, D. Buren ou B. Lavier são alguns nomes a destacar da arte francesa mais recente. CinemaEm 28 de dezembro de 1895, Louis e Auguste Lumière realizaram a primeira apresentação pública de cinema, no Grand Café do Boulevard des Capucines de Paris. Estas sessões eram, inicialmente, gravações de um aspecto da vida cotidiana e não duravam mais do que um minuto. Pouco a pouco, os irmãos Lumière foram introduzindo a ficção em algumas das suas produções, mas o primeiro passo para a consolidação cinematográfica como meio de expressão artística foi dado por Georges Méliès, um dos primeiros produtores, fundador do Star Film. Ch. Pathé e Léon Gaumont criaram também as suas próprias companhias que tinham objetivos mais comerciais e que contribuíram para assentar as bases da indústria cinematográfica. No início do séc. XX, o cinema francês, com mais de 60 % da produção mundial, dominava o mercado. A partir da I Guerra Mundial e até a década de 1920, este decaiu, passando os filmes americanos a dominar o mercado cinematográfico, com figuras como De Mille e Chaplin. Na década de 1920, o cinema foi reconhecido como a sétima arte e um grupo de cineastas (L. Delluc, J. Epstein, M. L'Herbier, G. Dullac) formaram a "escola impressionista". Fora deste movimento, destacam-se as figuras de Abel Gance, grande inovador técnico e visual em filmes como Napoleão (1927), e as dos cineastas relacionados com as vanguardas dadaístas e surrealistas, R. Clair, L. Buñuel (O Cão Andaluz, 1928) e J. Cocteau. O aparecimento do cinema sonoro voltou a fazer tremer as estruturas da indústria francesa; artisticamente, pois as produções subordinavam excessivamente a imagem à linguagem falada e às vezes os filmes tornavam-se simples reproduções de obras teatrais de sucesso. As grandes exceções foram R. Clair (Sob os Tetos de Paris, 1930), J. Vigo (O Atlante, 1934) e J. Renoir. O renascimento do cinema francês consolidou-se com a emergência do conhecido movimento do realismo poético, caracterizado por um romantismo trágico, e com figuras como Renoir (A Regra do Jogo, 1939), J. Duvivier e M. Carné. O filme O Boulevard do Crime (1943-1945) de Carné é exemplo deste período. Foi também neste momento que surgiu uma nova geração de criadores, como J. Becker, H. Clouzot, J. Tati, R. Bresson e J. Melville. Junto a eles apareceram os grandes exilados, como Renoir, Duvivier e Clair e imigrantes, como o alemão M. Ophüls ou Buñuel. No entanto, a corrente predominante do momento era o chamado "cinéma de qualité". Em oposição a este cinema, emergiu uma série de vozes discordantes que acabaram por formar a "nouvelle vague": F. Truffaut (Os Incompreendidos, 1958), J. Godard (Acossado, 1959), A. Resnais (Hiroshima Meu Amor, 1959), A. Varda, C. Chabrol, E. Rohmer ou L. Malle, entre outros. Estes diretores alcançaram um grande êxito comercial, na década de 1960, o que levou à queda do "cinéma de qualité". Durante esta década, surgiram novos nomes como M. Duras, J. Eustache, M. Pialat, C. Lelouch, C. Berri, B. Blier, A. Techiné, Costa-Gavras, J. Annaud ou B. Tavernier. O impacto dos inúmeros protestos de maio de 1968 politizou a obra dos novos cineastas de esquerda, encabeçados por Godard. A década seguinte caracterizou-se pela progressiva separação entre o cinema francês e o seu público devido, sobretudo, ao predomínio do cinema estadunidense (60 % do mercado) e ao crescimento da televisão, o que desencadeou na grande crise do início da década de 1980. Paulatinamente, o âmbito artístico foi-se recuperando com obras de diretores como Bresson, Rohmer, Tavernier ou Malle; no cinema comercial, a indústria francesa começou a concorrer no mercado com as produções estadunidenses de filmes com um certo tom de qualidade como Cyrano de Bergerac (1989) de J.-P. Rappeneau, Indochina (1991) de R. Wargnier, O Amante (1992) de Annaud, A Rainha Margot (1995) de P. Chéreau ou Caindo no Ridículo (1996) de P. Leconte. Na década de 1990, surgiu uma série de diretores novos, como M. Kasovitz (O Ódio, 1995), J. Jeunet (O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, 2001, e Eterno Amor, 2004), L. Cantet (A Agenda, 2002), G. Noe (Irreversível, 2002), R. Guédiguian (Marie-Jo et Seus Dois Amores, 2002), M. Poirier (Western, 1997), C. Kahn (Roberto Succo, 2001), O. Assayas (Clean, 2004) e F. Ozon (5 x 2, 2004). LiteraturaO primeiro documento linguístico em língua francesa, o Juramento de Estrasburgo, data de 842. Os textos posteriores, que foram conservados, são de caráter religioso, litúrgicos como a Sequência de Santa Eulália ou hagiográficos como a Vida de Santo Aleixo. As primeiras manifestações literárias medievais foram os cantares de gesta ( Chanson de Roland). Em meados do séc. XII, nas Cortes reais francesas, desenvolveu-se uma poesia refinada realizada pelos trovadores. O roman courtois reflete o refinamento que a literatura medieval francesa alcançou, visível nas obras de Chrétien de Troyes ou de Maria da França. Nos sécs. XII e XIII, destacam-se os núcleos temáticos baseados na tradição clássica, de que são exemplo o Roman d'Alexandre, o Roman d'Énéas, o Roman de Thèbes e o Roman de Troie de Benot de Sainte-More. Na literatura de raiz popular, destaca-se o Roman de Renart (sécs. XII e XIII), uma sátira à sociedade. Dentro da linha popular, encontramos os fabliaux, contos em verso, de caráter humorístico. O modelo máximo da poesia alegórica é o Roman de la Rose (G. de Lorris e J. de Meung). O teatro religioso desenvolveu-se a partir do drama litúrgico. No séc. XIII, apareceu o gênero dos milagres (Miracle de Théophile), que abriu caminho para o auto sacramental no séc. XV. Ao mesmo tempo, aparecem outros gêneros como a comédia (Adam de la Halle). Na prosa de caráter científico, destacam-se as obras históricas, tais como a Conquista de Constantinopla (séc. XIII) de Villehardouin, a História de São Luís (séc. XIV) de Joinville, as Crônicas de J. Froissart e as Memórias de P. de Commynes (1447-1511). Nos sécs. XIV e XV, o teatro alcançou um grande desenvolvimento: no teatro religioso, são de destacar os Milagres de Nossa Senhora e diversos autos sacramentais como o Mistério da Paixão. No teatro profano, surgiu a primeira grande farsa, La Farce de Maître Pathelin (1464-1470). O movimento renascentista e humanista, de influência italiana, difundiu-se na França, no reinado de Francisco I, com a criação da tipografia real e do colégio da França. O primeiro poeta renascentista, C. Marot (1496-1544), introduziu o soneto na literatura francesa. Também é importante ressaltar que, na prosa, destacaram-se François Rabelais (Gargântua) e Calvino, autores que configuraram as bases da prosa moderna francesa. No teatro desta época, é de realçar o aparecimento de Cleópatra Cativa (1553), que inaugurou o gênero da tragédia em francês. No séc. XVII, encontramos, na poesia, o predomínio do formalismo (F. de Malherbe). Em 1635, a criação da Academia Francesa, por Richelieu, contribuiu para o estabelecimento de uma ordem canônica. O Discurso sobre o Método de Descartes (1596-1650), que expõe a concepção de racionalismo, vai influenciar todo o séc. XVII. No teatro, destacaram-se Molière (1622-1673), Racine (1639-1699) e o dramaturgo Corneille (1606-1684). Também se destacaram neste século as figuras de La Fontaine (1621-1695), autor das Fábulas, e Boileau (1636-1711), que escreveu uma Arte Poética, de grande influência no séc. XVIII. De menor importância que os autores anteriores, muito interessantes contudo, são as figuras de La Rouchefoucauld (1613-1680), Mme. de Sevigné (1626-1696), Mme. de La Fayette (1634-1693), La Bruyère (1645-1696) e Fénelon (1651-1715). C. Perrault (1628-1703), opondo-se aos autores clássicos, iniciou, em 1687, a chamada Querela dos Antigos e Modernos. O centro de interesse cultural passou a ser a ciência e a filosofia, mas com um objetivo de divulgação social e política. Montesquieu (1689-1755) tornou-se o fundador da ciência social com Cartas Persas (1721) e com O Espírito das Leis (1748). Voltaire (1694-1778), que escreveu em todos os gêneros, desde o ensaio à novela, tornou-se um defensor do racionalismo. A sua influência espalhou-se por toda a Europa. J.-J. Rousseau (1712-1778), defendendo nas suas obras a bondade natural do homem, escreveu Do Contrato Social e Emílio ou da Educação. Buffon (1707-1788) dedicou quase 40 anos da sua vida à redação dos 36 volumes da sua História Natural. A Enciclopédia (1751-1772), dirigida por Diderot (1713-1784) em colaboração com D'Alembert (1717-1783) e Condillac (1715-1780), foi um importante meio de difusão. Durante este século, o romance atingiu notável desenvolvimento; destacaram-se: Lesage (1688-1747), com Gil Blas (1715-1735); o abade Prévost (1697-1763), com Manon Lescaut; B. de Saint-Pierre (1737-1814), discípulo de Rousseau, com Paulo e Virgínia (1787), e Choderlos de Laclos (1741-1803), com As Ligações Perigosas (1782). No teatro, Marivaux (1688-1763) realizou obras onde é fundamental a análise; Diderot tentou fundir os gêneros clássicos, comédia e tragédia, para criar um "drama burguês"; e Beaumarchais (1732-1789) seguiu a tradição iniciada por Molière: O Barbeiro de Sevilha (1775) e As Bodas de Fígaro (1784). Durante a Revolução Francesa, desenvolveu-se novamente a oratória, na qual se destacaram Mirabeau (1749-1791), Robespierre (1758-1794) e Danton (1759-1794). Os precursores do romantismo na França foram Mme. de Stäel (1766-1817) e Chateaubriand (1768-1848). No entanto, o início da poesia romântica data de 1820, com a publicação das Méditations Poétiques de Lamartine. Também sobressaíram as figuras de A. de Vigny (1797-1863), A. de Musset (1810-1857), T. Gautier (1811-1872) e G. de Nerval (1808-1855). O grande romântico francês foi Vítor Hugo (1802-1885), que, no prefácio a Cromwell (1827), definiu o drama romântico, opondo-o à tragédia clássica. E, após a estreia de Hernani (1830), proporcionou o triunfo de que precisavam os românticos para se tornarem a escola predominante. Também no teatro, teve os seus primeiros êxitos A. Dumas (1802-1870), mas a sua consolidação definitiva ocorreu através do romance por fascículos, especialmente Os Três Mosqueteiros (1844). Entre os dramaturgos menores destacou-se A. Dumas Filho (1824-1895), autor do popular romance A Dama das Camélias (1852). Os dois grandes novelistas do início do século são H. de Balzac (1799-1850), criador do realismo e autor de A Comédia Humana, e Stendhal (1783-1842), autor de O Vermelho e o Negro e A Cartuxa de Parma (1839). Destacam-se ainda B. Constant (1767-1830), P. Merimée (1803-1870), autor de Carmen (1848) e G. Sand (1804-1876). Na poesia, a estética romântica conheceu uma grande renovação com C. Baudelaire (1821-1867) e a obra Flores do Mal (1857), que dá início à poesia moderna. Também nesta época surgiu a escola parnasiana, cujos representantes máximos foram Leconte de l'Isle (1818-1894), T. de Banville (1823-1891), J.M. de Heredia (1842-1905) e T. Gautier. Posteriomente, a escola simbolista, encabeçada por S. Mallarmé (1842-1898), A. Rimbaud (1854-1891) e P. Verlaine (1844-1896), deu continuidade à renovação iniciada por Baudelaire, procurando uma expressão mais pessoal do poeta através da musicalidade do uso de símbolos e imagens. No romance, o caminho aberto por Balzac culminou posteriormente com G. Flaubert (1821-1880), com os romances Madame Bovary (1857) e A Educação sentimental (1869). Os irmãos Edmond (1822-1896) e J. de Goncourt (1830-1870) seguiram o realismo e marcaram o caminho que desembocaria no naturalismo. E. Zola, fundador da escola naturalista, criou o chamado romance experimental e, à maneira de Balzac, escreveu o ciclo dos Rougon-Macquart; outros representantes de relevância foram G. de Maupassant (1850-1893), A. Daudet (1840-1897), A. France (1844-1924), J.K. Huysmans (1848-1907) e M. Barrès (1862-1923). Na poesia, no início do séc. XX, a obra de Claudel (1868-1955) ou Péguy (1873-1914) caracterizou-se por um fervoroso cristianismo. Pode considerar-se que com a obra de G. Apollinaire (1880-1918) se inicia a vanguarda literária Caligramas, libertando a poesia das regras da retórica. P. Valéry (1871-1945) desenvolveu a tradição simbolista iniciada por Mallarmé. Outros poetas a destacar são S.-J. Perse (1887-1975), P. Reverdy (1889-1960), R. Queneau (1903-1976) e R. Char (1907-1988). No romance, encontramos uma riqueza e variedade paralelas às da poesia: R. Rolland (1866-1944); G. Duhamel (1884-1966); J. Romains (1885-1972); M. Proust (1871-1922), que renovou as técnicas do romance, na sua obra À Procura do Tempo Perdido; A. Gide (1869-1951, A Sinfonia Pastoral); L. Ferdinand Céline (1897-1961), que descreveu a miséria humana e a degradação em Voyage au Bout de la Nuit; A. Malraux (1901-1976); Colette (1873-1954); A. de Saint-Exupéry (1900-1944); R. Radiguet (1903-1923). Em meados do séc. XX, apareceu a filosofia existencialista, representada por J.-P. Sartre (1905-1980), A. Camus (1913-1960) e S. de Beauvoir (1908-1986). No teatro, destacaram-se P. Claudel, J. Giraudoux (1882-1944) e J. Anouilh (1910-1987). A poesia do pós-guerra é protagonizada por Breton, Aragon, Perse e Char. Dentro do romance, apareceu o nouveau roman, liderado por autores como N. Sarraute (1900-1999), A. Robbe-Grillet (1922) e M. Butor (1926). Outros romancistas sobressaem: M. Yourcenar (1903-1987), G. Simenon (1903-1989), J. Gracq (1910-2007), M. Duras (1914-1996), B. Vian (1920-1959), J. Semprún (1923) e G. Perec (1936-1982). Posteriormente, surgiram M. Tournier (1924) e J.M.G. Le Clézio (1940). Destacaram-se, no teatro, autores como S. Beckett (1906-1989), A. Adamov (1908-1970) e E. Ionesco (1909-1994), o mais representativo do teatro do absurdo, J. Genet (1910-1986) e F. Arrabal (1932). Na crítica literária, são de destacar G. Bataille (1897-1962), M. Blanchot (1907), R. Barthes (1915-1980) e T. Todorov (1939). No final do séc. XX e princípio do séc. XXI, é de mencionar D. Pennac (1944), P. Quignard (1948), E. Carrère (1957), M. Houellebecq (1958), A. Nothomb (1967) e M. Darrieussecq (1969). Os últimos a serem contemplados com o prêmio Goncourt foram J. Echenoz (1948), J.-J. Schul (1941), J.-Ch. Rufin (1952), P. Quignard (1948) e J.-P. Amette (1943).
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