Bandeira oficial da Eslováquia
Bratislava com a torre da Catedral de São Martinho
Eslováquia A Catedral de São Martinho, em Bratislava
Eslováquia O primeiro-ministro Mikulas Dzurinda a votar no referendo sobre a adesão à União Europeia, 2003
Hino oficial da Eslováquia
Rudolf Schuster
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Eslováquia Slovenská Republika Estado da Europa Central. Limitado ao N pela Polônia; ao E, pela Ucrânia; ao S, pela Hungria; ao SO, pela Áustria e ao NO, pela República Tcheca. Com uma superfície de 49.035 km² e uma população de 5.410.836 habitantes, o país divide-se em 8 regiões. Capital: Bratislava. Língua oficial: eslovaco. A religião mais difundida écatólica.
GeografiaNo território eslovaco, elevam-se os montes Tatra (pico Gerlachovský, 2.655 m), os Cárpatos Brancos, os Pequenos Cárpatos e os montes Metalíferos da Eslováquia. Os maiores rios são o Danúbio, Morava, Vah e Hornad. O clima é de tipo continental úmido, com Invernos frios, Verões quentes e precipitação elevada nas áreas montanhosas.O crescimento demográfico anual é de 0,1 %, com uma taxa de natalidade de 10 ‰ e uma mortalidade de 9,6 ‰. A densidade da população é de 110 hab./km2 e os maiores centros urbanos são Bratislava e Košice. Sobressai entre a população uma importante minoria húngara (9,7 % do total).As principais produções agrícolas são beterraba açucareira, milho, cevada, batata, colza e sementes de girassol. Entre suas atividades econômicas, nota-se a presença da pecuária suína, bovina e ovina; além da exploração florestal. O país possui modestas jazidas de minério de ferro, ouro, linhito, cobre e zinco e os escassos recursos energéticos são o carvão, o petróleo e o gás natural. Importância no setor industrial, onde se encontra a existência das indústrias siderúrgica (aço), metalúrgica (alumínio), química, mecânica, eletrônica, alimentícia, têxtil, da borracha, do cimento, do papel e do tabaco. Principais aeroportos: Bratislava, Košice e Poprad. A balança comercial é negativa: importação e exportação incluem maquinaria, material de transporte, produtos manufaturados, derivados do petróleo e químicos. Principais parceiros comerciais: Alemanha, República Tcheca, Rússia, Áustria e Itália. HistóriaApós a passagem de ilírios, celtas e sármatas, a região era habitada por tribos germanas quando da invasão romana entre os sécs. I e III. Os eslovacos chegaram à zona no séc. VI e fizeram parte do reino de Samo no séc. VII. O primeiro príncipe conhecido foi Pribina, que estabeleceu a corte em Nitra. Em 830, foi derrubado por Mojmir, que uniu a região à Grande Morávia. Após a cristianização, os magiares invadiram o território da Grande Morávia e submeteram a população a princípios do séc. XI. Estêvão I, rei da Hungria, fundou várias cidades com colonos alemães, que aumentaram com o reinado de Luís o Grande (1342-1382). Após a derrota húngara de Mohács frente aos turcos (1526), um Habsburgo, Fernando I, assumiu a herança da coroa húngara. Em meados do séc. XVI, propagou-se o movimento reformista e com ele a língua tcheca, até a Contrarreforma (séc. XVII). No final do século, reconstituiu-se o reino da Hungria, com a Eslováquia como província secundária. Na Assembleia de Budapest (1847), os eslovacos exigiram o reconhecimento dos seus direitos nacionais, mas o Governo húngaro foi intransigente. Após a união do Império da Áustria com o reino da Hungria, a Eslováquia foi integrada na Transleitânia. No final do séc. XIX, o sacerdote A. Hlinka fundou um partido popular nacionalista eslovaco marcadamente clerical, que contatou com os seus vizinhos tchecos. O final da I Guerra Mundial e a derrota do Império Austro-Húngaro permitiram o desenvolvimento de um Congresso Nacional Eslovaco (outubro, 1918) que concordou na formação de um Estado comum, tcheco e eslovaco. A Eslováquia seguiu durante vinte anos o destino da recém-criada República Tchecoslováquia. Durante as negociações de Munique (1938), os separatistas formaram um governo autônomo com o sucessor de Hlinka, monsenhor J. Tiso, como primeiro-ministro. Em 14 de março de 1939, com apoio de Hitler, proclamaram um estado eslovaco independente que se situou na órbita da Alemanha nazista. O Exército Vermelho ocupou o país em abril de 1945 e reunificou a Tchecoslováquia sob um regime comunista, que concedeu uma autonomia aos eslovacos. Após a Primavera de Praga (1968), promulgou-se o Estado federal que implicou a instauração de um Governo e um Parlamento eslovacos em Bratislava (1969). Ao desintegrar-se o bloco comunista, celebraram-se eleições livres na Tchecoslováquia e os eslovacos apoiaram maioritariamente o Movimento por uma Eslováquia Democrática (HZDS), partidário da divisão da República em dois Estados, fato que se verificou a 1 de janeiro de 1993. O novo Governo, encabeçado por Vladimir Meciar, do HZDS, teve de enfrentar as reivindicações autônomas da importante minoria húngara e uma crise institucional derivada dos desacordos entre Meciar e o presidente da República, Michal Kovac, e no seio do partido do Governo sobre as reformas econômicas necessárias para a adaptação ao capitalismo. Nas eleições de 1994, o HZDS revalidou a sua maioria. Reforçado, Meciar tentou que o Parlamento destituísse o chefe de Estado (maio, 1995). O fim do mandato de Kovac (janeiro, 1998) deixou o cargo vago. Meciar anulou, em março, a celebração de um referendo sobre a eleição direta do presidente e cederam-se os poderes presidenciais ao Governo até às eleições legislativas. Nesse ano, Mikulas Dzurinda criou a Coligação Democrática Eslovaca (SDK), composta por cinco partidos políticos unidos para opor-se ao primeiro-ministro Meciar. Nas eleições gerais de setembro, a SDK saiu vencedora. Quando chegou ao poder, Dzurinda manifestou as suas aspirações ocidentalistas, ampliou os direitos das minorias nacionais, iniciou a abertura ao investimento estrangeiro, a privatização da banca e uma emenda constitucional para a eleição presidencial por sufrágio direto. O candidato da coligação governante, Rudolf Schuster, impôs-se a Meciar nas eleições presidenciais diretas que tiveram lugar em maio de 1999. Nas eleições legislativas de 2002, Meciar venceu, mas não pôde evitar que a coligação centro-direita deixasse o governo. Em dezembro, os chefes de governo da UE anunciaram em Helsinki a aceitação da candidatura da Eslováquia para entrada na União Europeia. Em abril de 2003, foi assinado em Atenas o tratado da adesão como membro de pleno direito que se fez efetivo em maio de 2004. Além disso, no mesmo ano a Eslováquia foi nomeada novo membro da OTAN. Nas eleições presidenciais de 2004, a vitória foi para a candidatura liderada pelo nacionalista I. Gasparovic. Em maio de 2006 aprovou a Constituição Europeia por via parlamentária. Nas eleições legislativas de junho de 2006, os democratas-cristãos do primeiro-ministro, no Governo desde 1998, ficaram em segundo lugar atrás do Smer, partido criado recentemente e de orientação socialdemocrata. No entanto, o Smer não alcançou a maioria absoluta e o seu candidato, Robert Fico, teve dificuldades para formar o Governo. No final de dezembro de 2007, a Eslováquia passou a pertencer ao espaço Schengen, que permite a livre circulação de pessoas e mercadorias entre os membros da União Europeia (UE). Em janeiro de 2009, o país incorporou-se à Eurozona e o euro substituiu a corona como moeda oficial. Nas eleições presidenciais de abril de 2009, o presidente I. Gasparovic, que contou com o apoio dos partidos da situação Smer e Partido Nacional Eslovaco, obteve a reeleição com 55,5 % dos votos.
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